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quarta-feira, 02 junho 2021 16:01

C&A caminha para uma economia circular “restauradora”

“A sustentabilidade está no ADN da C&A, pelo que atuamos em diversas frentes nesta área, aplicando uma estratégia muito sólida”. As palavras são do diretor-geral da C&A em Portugal e Espanha, Domingos Esteves, para explicar que, ao longo dos últimos anos, a insígnia priorizou a utilização de materiais de origem sustentável na confeção dos produtos – como o poliéster e o náilon reciclados, ou o algodão orgânico –, e desenvolveu artigos com diversas certificações, “que demonstram o compromisso em reduzir a pegada”. Além disso, comprometeu-se a comprar 100% das fibras sintéticas de celulose a fornecedores que tenham práticas conscientes e não utilizem, na sua cadeia de abastecimento, matérias-primas provenientes de florestas centenárias ou em perigo; e, ainda, a eliminar o cromo no processamento dos produtos de couro.

“Com a produção de algodão e fibras celulósicas mais sustentáveis, conseguimos reduzir a emissão de CO2 em 116 mil toneladas e economizar 1.000 milhões de m3 de água, através da produção mais sustentável de roupas na cadeia de abastecimento”, assegura o responsável, acrescentando que todos os produtos com certificação “Cradle to Cradle” são “rigorosamente desenvolvidos” e apresentam “resultados surpreendentes”, como a utilização de energia 100% renovável e de água 100% reciclada, nas peças que tenham o nível “ouro” da certificação.

Desde o início deste ano, a insígnia eliminou os sacos de plástico descartáveis das lojas e disponibilizou alternativas mais duradouras, como sacos de papel 100% reciclados e sacos de algodão. Em 2020, conseguiu reciclar mais de quatro milhões de garrafas de plástico, para produzir a coleção de casacos de inverno; e privilegiou a utilização de materiais reciclados – poliéster, caxemira, algodão e náilon –, de forma a reutilizar recursos que, de outra forma, seriam descartados. “A nossa visão consiste em progredir rumo a uma economia circular restauradora, em que não se desperdiça nada, tanto na criação, como no descarte dos nossos artigos”, assevera.

Domingos Esteves assegura que a C&A foi a primeira insígnia de moda a lançar peças com certificado “Cradle to Cradle” nível ouro. E alguns dos artigos, feitos com a ganga “mais sustentável do mundo”, foram certificados com o nível platina. Ademais, todo o algodão orgânico utilizado é certificado pelo “Organic Content Standard” ou pelo “Global Organic Textile Standard”, assegurando um controlo cuidado desde a produção à transformação do algodão. Adicionalmente, todos os produtos que utilizem penas e penugens têm certificação “Responsible Down Standard”, que garante que não se depenam animais vivos, que não é praticada alimentação forçada, e que a produção segue requisitos detalhados, desde as quintas de criação dos animais à fabricação do produto, sobre questões relacionadas com a qualidade dos alimentos e da água, acesso a espaços ao ar livre, saúde animal e higiene.

Podermos oferecer moda responsável, consciente e que cuida de todos os envolvidos, desde os nossos clientes aos produtores, é, sem dúvida, o maior benefício que o ecodesign nos presenteia”, defende o diretor-geral da C&A em Portugal e Espanha. Para si, existe um “forte compromisso” em realizar escolhas que tenham um impacto positivo e um aumento da vontade de participar em programas que contribuem para a redução de desperdícios, como o “We Take it Back” da insígnia, em que, através da reciclagem e reutilização, dá vida a novas coleções e a materiais para outras indústrias.

Fonte: Store