Face a esta perspetiva, 47% dos consumidores mostram-se preocupados com a sua situação financeira, enquanto metade (49%) admite que irá poupar mais, de acordo com a terceira edição portuguesa deste estudo, baseado num inquérito de abrangência nacional a 488 consumidores, com mais de 18 anos, realizado em março, mês em que a taxa de inflação em Portugal aumentou para 5,3%, tendo em abril sido atingido os 7,2%, o nível mais alto dos últimos 28 anos.
A determinar esta aceleração de preços estiveram sobretudo os bens energéticos e alimentares não transformados, precisamente as duas classes de produtos onde os portugueses acusam os maiores aumentos: 96% dos inquiridos notaram subidas no preço dos combustíveis nos quatro meses anteriores, enquanto 85% apontaram para o aumento do custo dos alimentos frescos. É, porém, na classe de roupa, calçado e acessórios que mais consumidores (36%) admitem cortar nas despesas como consequência do crescimento dos preços, seguida dos combustíveis (30%) e beleza e cosméticos (26%).
A mais recente edição portuguesa do Índice do Futuro Consumidor da EY revela que, nas circunstâncias atuais, os consumidores se tornaram mais sensíveis ao preço, fator que é hoje o principal critério de compra para 55% dos inquiridos. As marcas próprias são, assim, alternativas cada vez mais atrativas, sendo a escolha de seis em cada 10 inquiridos nos produtos para cuidar da casa, e de cerca de metade nos alimentos frescos (54%) e nos produtos para cuidados pessoais (47%).
Fonte: All Comunicação