segunda-feira, 28 agosto 2023 11:00

Inflação afeta poder de compra de mais de 70% dos portugueses

Pouco mais de metade (56%) dos portugueses entre os 18 aos 64 anos sente-se positivo com a sua vida, revela o mais recente Barómetro Netsonda. O relatório, que analisa o impacto da inflação e do aumento das taxas de juro nos comportamentos e hábitos de consumo, adianta que o aspeto da vida privada com que os portugueses se sentem mais negativos é a esfera económica-financeira (28% negativos, 36% positivos), seguido pelo emprego (20% negativos, 51% positivos).

 Esta perceção negativa quanto à situação económico-financeira dos portugueses, está enquadrada num contexto de inflação dos produtos e aumentos de taxas de juro. Atualmente, mais de metade (55%) dos portugueses diz ter alterado bastante ou totalmente os seus hábitos de consumo, enquanto 72% refere que a inflação alterou bastante ou totalmente o seu poder de compra/ rendimento disponível.

As principais medidas tomadas por aqueles que sentiram uma maior perda no seu poder de compra foram ir menos vezes a restaurantes (72%), comprar menos roupa/ calçado/ acessórios (71%) e comprar mais produtos de marca própria (71%). Mas houve grupos específicos a sentirem mais o impacto da subida dos preços e do efeito desta nos seus rendimentos disponíveis. O estudo da Netsonda avança que as mulheres, quem tem filhos, quem tem um rendimento mensal líquido do agregado familiar até 2000€ e quem tem crédito à habitação foram os que mais sentiram o impacto da inflação dos produtos no seu poder de compra.

Mais de metade dos detentores de crédito à habitação com taxas variáveis indexadas à Euribor diz ter sentido um impacto muito negativo resultante da subida das taxas de juro (Euribor), enquanto 39% sentiu apenas algum impacto negativo. Para aqueles que sentiram um impacto muito negativo, a principal medida tomada foi a alteração de hábitos de consumo (55%), seguida por renegociar o crédito com o banco (21%) e por tirar o dinheiro do banco e investir em outros produtos financeiros, como certificados de aforro (17%).

Atualmente, dois em cada dez portugueses diz não conseguir poupar para nada, destacando-se aqueles que têm filhos (23%), que não estão profissionalmente ativos (29%) ou que têm crédito à habitação (23%).

Fonte: Netsonda

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