Gonçalo Lobo Xavier foi um dos oradores do painel “Novas iniciativas legislativas: desafios e oportunidades para o mercado de pagamentos português”, moderado por Célia Reis e que contou com os contributos de João Câmara (Associação Nacional de Instituições de Pagamentos e Moeda Eletrónica), Madalena Tomé (European Mobile Payment Systems Association), Norberto Rosa (Associação Portuguesa de Bancos) e Vinay Pranjivan (DECO).

Refletindo sobre o impacto do Euro Digital e sobre a legislação europeia para os sistemas de pagamentos com impacto no setor do Retalho, Gonçalo Lobo Xavier começou por sublinhar que a APED subscreve a posição do EuroCommerce neste âmbito, em particular a recomendação de que o custo total de aceitação seja tão próximo de zero quanto possível, previsão de mais sanções à aceitação obrigatória, bem como a necessidade de salvaguardas contra a imposição de comissões excessivamente elevadas.

Segundo o diretor-geral da APED, os negócios dos associados são de eficiência e, neste sentido, as empresas estão focadas na melhoria contínua da experiência do consumidor. Nessa medida, a questão dos fees associados a qualquer meio de pagamento é um tema crucial e que tem de ser revisto, defendeu. “A experiência em loja tem de ser fácil, eficiente e que corresponda ao orçamento que as pessoas estão disponíveis para gastar”, afirmou.

Acrescentou que o numerário continua a ser um método de pagamento importante para alguns consumidores, sublinhando a necessidade de assegurar uma concorrência e que vá ao encontro das preferências dos clientes. “O retalho quer participar na inovação proposta, mas ainda têm de ser acauteladas muitas questões fundamentais para todo o ecossistema”.

Promovida pelo Banco de Portugal, a sessão teve como principal objetivo refletir sobre as mudanças introduzidas pelas novas iniciativas legislativas na área de pagamentos, debatendo os principais desafios e possíveis oportunidades.

Fonte: APED