“As medidas protecionistas contra retalhistas e produtos estrangeiros estão a restringir o crescimento e a prejudicar os consumidores”. A convicção do Diretor-Geral do EuroCommerce, Christian Verschueren, indicia a defesa de que a Europa precisa de enfrentar a ameaça do protecionismo e da legislação discriminatória de forma robusta. Advoga também uma revisão urgente dos obstáculos ao mercado único, que, entende, custam aos consumidores e às empresas 615 mil milhões de euros ao ano e põem em perigo a recuperação económica da Europa.
Este ano e o próximo serão “decisivos” para a adoção transversal da fatura eletrónica no tecido empresarial português. A opinião é partilhada pelo diretor de Marketing da SERES, Alberto Redondo, para quem as barreiras à sua adoção “são mais psicológicas do que materiais”. Entende que, em Portugal, as empresas de distribuição foram pioneiras na sua adoção “muito antes da sua utilização ser obrigatória”, podendo agora beneficiar dessa “vasta experiência”.
Dar a conhecer as inovações aos visitantes, prepará-los para o que aí vem, e aumentar as oportunidades de negócio para os expositores são o foco da “Empack and Transport & Logistics”. As palavras são da responsável pela feira, Raquel Carboneras, que destaca o showroom – uma novidade nesta quinta edição.
É para o e-commerce que está a ser canalizado o esforço e o investimento da IKEA Portugal, na convicção de que as vendas online vão crescer mais rapidamente do que as vendas em loja. Isso não significa, porém, que a expansão física não esteja nos planos da insígnia: está, mas ainda sem data marcada. De regresso a Portugal em setembro de 2017, após ter sido, em 2009, a primeira retail manager no País, a sueca Helen Duphorn estabelece como ambição a duplicação do negócio. A dez ou 15 anos.
Desde que, em junho de 2016, anunciou a intenção de se expandir para Portugal que a ambição do retalhista espanhol Mercadona cresceu. As quatro lojas anunciadas originalmente passaram rapidamente a dez e estas são apenas as que abrem este ano, fazendo disparar o investimento de 25 milhões de euros para 160 milhões. Em entrevista, a diretora de Relações Externas e Assuntos Europeus em Portugal, Elena Aldana, sustenta que o posicionamento é ser uma empresa portuguesa, que paga impostos, cria emprego e gera riqueza no País. A primeira loja é inaugurada esta terça-feira, 2 de julho, em Canidelo, Vila Nova de Gaia.
Pequenos eletrodomésticos à entrada de uma loja? Já é uma realidade e vai acontecer cada vez mais. Nuno Luz, diretor-geral da FNAC Portugal, sustenta que esse é o caminho para a consolidação, muito embora seja necessário acautelar os riscos de desvirtuamento da marca. O caminho passa também pela abertura de lojas de proximidade e por lojas mais especializadas, como a Connect. E, certamente, pela preservação do ADN cultural. No que respeita ao negócio, fica uma certeza: está em recuperação.