“Retail's journey into the future: Past, Present and The Coming Age” foi o tema que James Bellini, consultor com mais de 25 anos de experiência e conhecido como o “historiador do futuro”, levou ao APED Retail Summit. Em entrevista à Store, afirma que um dos desafios mais relevantes que o setor enfrenta é o da personalização total da experiência de compra, consequência da digitalização.
Ernest Moniz, o lusodescendente que foi Secretário da Energia dos Estados Unidos entre 2013 e 2017, quando Barack Obama ocupava a Casa Branca, foi o convidado especial do APED Retail Summit, que decorreu a semana passada em Lisboa sob o mote “Sharing the future”. Atualmente CEO da Energy Futures Initiative, defendeu, em entrevista à Store, que a inovação é uma ferramenta necessária para acelerar o ritmo da caminhada para uma economia verde e, neste contexto, afirma mesmo que a Europa está em vantagem face ao resto do mundo.
“O consumidor português adora inovações, tendências e modas novas”. Palavras da diretora de serviços de retalho da Nielsen, Ana Paula Barbosa, que vê nestes interesses oportunidades para os retalhistas portugueses. Uma oportunidade é também o comércio online, onde se regista uma apetência crescente de consumo.
Os consumidores estão mais exigentes, atentos e cautelosos na forma como fazem compras. Informam-se melhor, não cedem a impulsos, aproveitam dias especiais de promoções, pesquisam na Internet e questionam vendedores. Tendências apontadas pelo diretor de Distribuição do Cetelem, Pedro Camarinha, que adianta que cada português vai gastar, em média, 252 euros em prendas, neste Natal.
Portugal tem feito progressos assinaláveis no caminho da sustentabilidade, mas existem ainda muitas áreas a necessitar de atenção, sendo necessário abordá-los de forma integradora e geradora de sinergias com a atividade económica e o tecido empresarial. Esta é a leitura do presidente da Associação Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, que reconhece o papel que a Distribuição pode desempenhar neste contexto, desde logo pela proximidade aos consumidores, mas também pela ligação aos transportes, um dos setores que mais desafios ambientais enfrenta.
“A economia limpa não é um nicho de mercado, é mainstream e está a crescer rapidamente”. A afirmação é de Andrew Winston, consultor na área da sustentabilidade há 15 anos, que defende que a redução das emissões de carbono é inevitável. Entende, no entanto, que cria simultaneamente uma “enorme oportunidade de negócios”, na medida em que reduz custos e riscos, impulsiona a inovação e as receitas e cria marcas. “Estão em jogo milhões de milhões de dólares de mercado”, diz.