Recriar o papel do Conselho Económico e Social. É esta a missão e ambição do presidente deste organismo consultivo, Francisco Assis, que se propõe valorizá-lo como produtor de conhecimento e promotor do debate nacional. Como prioridades do seu mandato, elenca a reflexão sobre as questões da produtividade e do crescimento da economia. A este propósito, alerta para o facto de o salário médio ser baixo, defendendo a criação de condições para aumentos salariais, uma forma de impedir a hemorragia da saída de jovens qualificados.
Verde e digital. Estes são os dois pilares em que assenta a estratégia de crescimento da União Europeia e, por conseguinte, o rumo a seguir também por Portugal. É, pois, em torno destes dossiers que se desenvolve muito do trabalho da Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE), cuja titular, Fernanda Ferreira Dias, reconhece que a transformação das empresas portuguesas para corresponder a este duplo desafio é difícil, mas inevitável. Sobre o retalho, evidencia o grau de digitalização, mas também as boas práticas dadas em matéria de sustentabilidade.
O setor está a sofrer uma transformação “massiva”, ao nível digital e da sustentabilidade, e depara-se com desafios relativos ao mercado único e à livre concorrência. Estes são os desafios apontados como prioritários pelo novo presidente do EuroCommerce, Juan Manuel Morales, que assumiu o mandato a 1 de julho. “Precisamos que o mercado único reconstrua a nossa economia e estimule o crescimento, e esta não é certamente a altura de fechar e dividir mercados, na Europa e ao nível mundial”, sustenta o primeiro espanhol no cargo. A ambição é ajudar a organização a ter uma visão mais completa do cenário europeu do comércio retalhista e grossista.
A transição digital representa uma oportunidade para as empresas nacionais, nomeadamente do retalho, por via da criação de incentivos. É esta a visão do secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, que entende que as retalhistas vão beneficiar do Plano de Recuperação e Resiliência. Considera inegável que a pandemia acelerou o e-commerce e defende que o setor terá de se adaptar a esta nova mentalidade e a um novo modo de compra. “Aqueles que melhor e mais cedo se prepararem terão maior potencial de crescimento e de internacionalização”, sustenta.
A Presidência Portuguesa da União Europeia, que se iniciou a 1 de janeiro de 2021, é o pretexto para esta entrevista com a Chefe de Representação da Comissão Europeia em Lisboa. Sofia Colares Alves partilha a sua visão sobre o contexto em que esse semestre decorrerá, bem como sobre os principais dossiês em cima da mesa e o cunho que a diplomacia nacional lhes poderá imprimir. Analisa, igualmente, os apoios ao retalho com vista à recuperação do impacto causado pela pandemia de Covid-19.
A Mango cumpre este ano o 20.º aniversário no ecommerce com a ambição de atingir um número redondo na faturação online em 2021: 1.000 milhões de euros. Para lá chegar, a diretora de Online e Cliente admite o impulso dado pela Covid-19, que acelerou o crescimento dos 25% para os 40%. Portugal – diz Elena Carasso – é um dos países com melhor desempenho no canal e mesmo aquele onde o programa de fidelização da marca – lançado este ano em terras lusas – teve os melhores resultados.