“Quem conhece o setor e a sua capacidade de inovar, que não é de hoje, dificilmente ficará surpreendido com esta iniciativa”, declarou, acrescentando, porém, que importa reforçar o porquê deste roteiro.
A propósito, citou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, quando disse que “chegou a hora de ter uma discussão séria e ações significativas e objetivas sobre as alterações climáticas e os danos já causados”.
“No setor da distribuição, propomo-nos a fazê-lo porque acreditamos que temos o dever e a responsabilidade de ir mais longe e mais depressa- Recusamo-nos a aguardar que a atividade legislativa dite o que temos de fazer e a limitar a nossa ação ao imposto por obrigações regulamentares”, sublinhou.
Comentando que a APED sabe que pode fazer a diferença, Isabel Barros acrescentou que, ao alocar recursos, ao envolver parceiros e construir as bases do roteiro para a descarbonização, a associação “quer deixar um sinal claro a todas as partes envolvidas nestes temas de que não será neutral neste debate”.
E não o será por três razões que elencou: “Somos um setor que está na linha da frente desta ação coletiva, que quer deixar um futuro às próximas gerações com medidas concretas e com impacto na proteção dos recursos naturais e das comunidades e com incentivo às melhores práticas junto dos nossos consumidores”, começou por dizer.
Em segundo lugar, a distribuição está ciente dos complexos desafios que a urgência climática coloca e sabe que é um setor-chave na cadeia de valor. E, em terceiro lugar, incorpora e aplica as melhores práticas internacionais, colocando a inovação ao serviço de soluções com impacto positivo no clima e na natureza.
“Não nos ficamos pelo campo das palavras, há já um caminho percorrido, pela associação e pelos associados”, comentou, especificando que as medidas de ecoeficiência permitiram uma redução de até 30% no consumo de eletricidade por metro quadrado de área de vendas nos últimos dois anos.
Para a presidente da APED, chegou “o momento de dar um novo passo”; daí o Roteiro para a Descarbonização, que descreveu como “uma plataforma clara e objetiva”, “um projeto ambicioso, que resulta de um trabalho aprofundado”.
“Não é um fim em si mesmo, mas o início de uma jornada colaborativa, que tem como mote colaborar mais, adaptar mais e transitar mais”, sintetizou, concluindo que, com este roteiro de adesão voluntária, a APED tem a ambição de provocar um efeito dominó entre os parceiros.
Fonte: Store