quinta-feira, 19 agosto 2021 12:34

Logística: DIA semeia para colher

O Grupo DIA definiu, no final de 2019, um novo plano estratégico que se dividia em diferentes fases. A primeira fase foi a da “sementeira”, de plantar o modelo, trabalhando sobre a cadeia de abastecimento, a compra, o serviço à loja e o sortido. Este plano estratégico baseia-se num determinado comportamento de compra, numa frequência e numa determinada cesta de compras, que estiveram, porém, “em questão, devido à Covid-19”, revela o diretor de Operações do DIA Portugal, Miguel Silva.

“A incerteza é muito grande. Não sabemos quanto tempo vai demorar esta crise sanitária. Não obstante, as prioridades continuam a ser as mesmas”, sustenta. “Mas as reformas que iniciámos nessa altura foram fundamentais para as respostas que demos desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020”, entende. E concretiza: “nessa altura, antecipámos o excesso de procura de alguns bens alimentares e o nosso principal foco foi garantir uma excelência operacional que minimizasse algumas falhas momentâneas que pudessem ocorrer em algumas categorias que registaram aumentos de vendas na casa dos três dígitos, nomeadamente, os produtos enlatados, os congelados, produtos lácteos, papel higiénico e a mercearia salgada”. A insígnia garantiu também – assegura – “o adequado fornecimento de algumas categorias que já apresentavam subidas constantes a dois dígitos, e que mantiveram a mesma dinâmica durante este período”, onde se incluem os produtos de pequeno-almoço, os frescos, ovos e produtos de limpeza do lar. “Estas categorias mantiveram e mantêm a mesma dinâmica dessa altura, por força do distanciamento social, dos constrangimentos na restauração e do confinamento”, diz, notando que “muitas refeições que tradicionalmente eram feitas fora de casa, são agora feitas em casa e isso é algo que não vai mudar nos próximos tempos”.

O plano estratégico pressupunha também a conclusão de reformas estratégicas por forma a otimizar o sortido comercial que se irá centrar, fundamentalmente, na oferta de produtos frescos, como fruta e verduras. “Os frescos são fundamentais para as operações da DIA em Portugal e em 2020 aumentámos a frequência de entrega de produtos frescos em 450 lojas prioritárias para a melhoria da oferta deste tipo de produtos, com a contínua otimização do sortido e introdução de ligeiras reformas em mais de 380 lojas, o que representa cerca de 77% da rede de lojas da DIA em Portugal”, observa.

Além disso, o Grupo mantém o foco na eficiência de custos e redução da complexidade. “Tudo isso está a ser alcançado através, principalmente, da melhoria contínua do modelo operativo de toda a cadeia de abastecimento assim como de uma maior eficiência dos processos logísticos”, comenta, adiantando que o trabalho “intensivo” nas marcas próprias, que “representam um ativo cada vez maior das insígnias de retalho”. “A DIA foi pioneira no lançamento de um conjunto alargado de soluções de marca própria em várias categorias e temos um longo histórico nesta matéria”, garante.

“Neste momento, estamos numa fase de transformação de toda a nossa oferta neste domínio, com o desenvolvimento de Superbrands que garantam a maior qualidade possível, numa proposta de valor altamente atrativa para o consumidor. É um projeto transversal que inclui toda uma nova abordagem em termos de design, packaging e posicionamento que estamos convictos que contribuirá para uma nova dinâmica comercial das nossas marcas próprias”, afirma, destacando ainda a aposta da empresa no comércio eletrónico, que chega “à maior parte” das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Já o serviço de entrega express encontra-se disponível em 95 lojas, através de alianças estratégicas com operadores desta área. “De um modo geral, sentimos que os nossos clientes estão a responder à nossa atrativa oferta de proximidade e às nossas capacidades de venda online e os números positivos das vendas comparáveis constituem um bom indicador desse progresso”, defende. “A nossa operação online está a ser alvo de contantes ajustes relacionados com o crescimento que temos tido nesta área, muito acima do que projetámos inicialmente”, revela, elencando o reforço das equipas de entrega, “por forma a não comprometer o nível de serviço”, e o alargamento das franjas horárias para contemplar todos os pedidos. “Estamos ainda em constante crescimento nas geografias que servimos estando previstas, para breve, a abertura de mais lojas com a possibilidade de entregas domiciliárias e cobertas pela nossa plataforma minipreco.pt”, remata.

 

Fonte: Store

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