No caso da logística da Salsa, as mudanças começaram – garante – ao nível dos processos, nomeadamente na receção e expedição de produto, evitando o contato físico entre parceiros e equipas operacionais. “Houve a necessidade de reorganizar as equipas, de forma a manter o distanciamento social, e de planear minuciosamente toda a operação com os nossos operadores logísticos, para garantir a eficiência em toda a cadeia e otimização do last mile”, concretiza.
A responsável adianta que, no início de 2020, a empresa já tinha identificado no plano estratégico o objetivo claro de crescimento do canal digital, já existindo, como tal “um trabalho efetuado na operação logística para acompanhar esse desenvolvimento”. Admite, porém, que a crise pandémica veio acelerar alguns desses projetos, nomeadamente o delivery from store: otimização/disponibilidade do stock de loja para venda online. “Nos períodos em que o retalho especializado físico foi forçado a encerrar, conseguimos manter a rotação e disponibilidade de stock, e desta forma também foi possível tornando a last mile mais sustentável”, comenta, observando que a logística inversa também “não foi esquecida”. “De forma a agilizar todo o processo de devoluções, desenvolvemos parcerias com operadores locais de forma integrada, que garantem rapidez no processamento da devolução e manutenção do serviço ao cliente”, revela.
“As tendências de mercado apontam para cadeias de abastecimento mais flexíveis e adaptáveis, que só são possíveis com a sua digitalização e sistemas de informação robustos, que, no caso da Salsa, permitiram rapidamente esta adaptação ao novo normal”, nota.
Os desafios não se ficam, no entanto, por aqui: associado ao aumento do digital vem, “naturalmente”, a logística e o transporte. “As expectativas dos consumidores pressionam as cadeias de abastecimento a disponibilizarem diversidade e conveniência na entrega e devolução do produto”, diz. É por isso, a nível logístico, “fundamental garantir a consolidação das soluções digitais - só desta forma é possível ter uma experiência omnicanal e garantir ao cliente um nível de serviço de excelência, de forma a que a compra, como um todo, seja uma experiência única”.
Considera, pois, que “na componente do transporte é necessário acelerar as melhorias ao nível da mobilidade urbana de mercadorias, nomeadamente as infraestruturas e meios de transporte”. “Isto só é possível garantindo a melhoria nos veículos utilizados, mais eficientes e menos poluentes, modelos logísticos colaborativos, aumento da logística noturna e flexibilização dos acessos aos grandes centros”, remata.
Fonte: Store