Talvez não saibam da importância do que aconteceu. Por vezes, quando estamos muito embrenhados na nossa vida torna-se mais difícil entender o verdadeiro valor das coisas, mesmo do que fazemos de muito bom ou extraordinário.
A legislação laboral tem a sua razão de ser na dignificação do trabalho – trabalho decente e com segurança – e na paz social. Porém, o modelo de legislação laboral no nosso País, embora na sua génese tenha como força motriz a promoção do trabalho digno e da paz social, assenta, fundamentalmente, numa perspetiva do “sempre mais”, ancorada numa ideia de que a Economia está sempre em ciclo de crescimento e com capacidade para alavancar o progresso social.
A utilização da inteligência artificial (IA) deixou de ser um sensacionalismo teórico para se tornar uma realidade das empresas e dos consumidores. O recurso a tecnologias como machine learning, chabots e voicebots, linguagem natural, reconhecimento de imagem e vídeo que, em conjunto, simulam a inteligência humana a uma velocidade muito superior, é amplo e impacta o dia a dia de todos nós. Os algoritmos de reconhecimento facial do Facebook, os serviços de tradução da Google e as sugestões de filmes da Netflix são exemplos simples que todos conhecemos.
O retalho, tal como as demais indústrias, está a atravessar um período de transformação radical, com modelos disruptivos que parecem gerar tantas oportunidades como ameaças.
Que mudanças vai trazer a tecnologia ao retalho alimentar? E que novas potencialidades abre para transformar o negócio? María Miralles, partner da consultora Oliver Wyman para a área de Retail & Consumer Goods, dá algunas respostas.
O mercado vive um turbilhão de mudanças e urgências derivadas do contínuo lançamento de novos produtos e serviços. Este facto converte-se numa estratégia de ativação de vendas. A outra faceta menos positiva deste fenómeno é que convertemos a janela de oportunidades em algo tão estreito que hoje não há tempo de amortizar os esforços necessários (com consequentes perdas).