segunda-feira, 11 março 2013 14:30

Mais ecrãs, menos teclados, tecnologia e virtualidade

Carlos Figueiredo, GfK Portugal – Consumer ChoicesParece que foi ontem, mas o facto é que a última grande inovação tecnológica em produtos de consumo já tem 3 anos, pois foi em 2010 que Steve Jobs lançou o primeiro iPad. De então para cá as vendas deste segmento têm vindo a revolucionar o mercado de várias formas.


Por um lado criou-se um segmento realmente novo de produto e que juntou um novo ecrã, maior do que um Smartphone, mas mais pequeno que um computador, mas juntando as capacidades de ambos, ecrã tatil por um lado e potência e armazenamento por outro.

É um aparelho quase perfeito para consumir conteúdos digitais e os consumidores não demoraram a aceitar o produto. E que está prestes a tornar-se o segundo ecrã mais importante em faturação, a seguir à televisão, apesar de estar a canibalizar o mercado dos netbooks, que perde mercado na mesma proporção que crescem os media tablets.

Observando o gráfico abaixo, temos uma seleção não exaustiva de alguns produtos inovadores dos últimos anos e podemos observar que tem havido grande sucesso por parte de alguns produtos e quase todos ligados aos ecrãs e à forma como consumimos os conteúdos digitais e como comunicamos entre nós. Assim destacamos além dos tablets, os smartphones que também têm contribuído muito para o mercado das telecomunicações. Está em curso uma pequena revolução no mercado dos telemóveis, com os smartphones a substituírem os telemóveis tradicionais com teclado.

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Do lado da televisão depois da inovação dos ecrãs planos, vieram outras como o 3D e as SmartTVs, mas parece que por agora a dinâmica está mais nos outros dois produtos. De resto a introdução da TDT acelerou o processo de transição, sendo agora normal que este mercado se ressinta mais.

Também se nota nestes segmentos uma adoção transversal das tecnologias sem fios e a capacidade de comunicarem uns com os outros e com a Internet, abrindo uma nova era de consumo digital, que se pode resumir numa palavra: streaming.

Com o intuito de facilitar a vida dos consumidores e dar-lhes mais tempo para todo este consumo digital em todas as plataformas, ainda temos dois produtos para destacar, nas áreas de pequenos domésticos e eletrodomésticos. São eles as máquinas de cápsulas, que tiveram também uma contribuição para a dinâmica dos pequenos domésticos e foram um caso de sucesso junto dos consumidores nacionais adeptos de café expresso, não alheios à tendência de menor consumo fora de casa.

E também as máquinas de lavar roupa de "grande porte" que têm vindo a crescer aliando maior capacidade a maior eficiência energética, numa tendência generalizada de dar mais pelo mesmo valor, algo que a tecnologia tem possibilitado fazer a vários segmentos de produtos tecnológicos, e que se reflete numa gradual erosão do preço, mais notória quanto maior a componente tecnológica.

Esta tendência revela também muito da forma como vivemos e consumimos, já que se nota que há um crescimento, no peso de produtos de uso pessoal e/ou personalizado, produtos individuais (na posse e na utilização) em detrimento de outros produtos do lar.

Apesar das crescentes dificuldades, é de esperar que estes produtos sejam os mais resilientes na presente crise que se vive na Europa e continuem a ganhar espaço nas lojas e nos lares.

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