Quando uma empresa refere que iniciou o seu processo de descarbonização, isso indica que implementou medidas que permitem a redução e eliminação de emissões de gases com efeito de estufa, como o dióxido de carbono, metano, óxido de azoto e ozono.
No caso da descarbonização no setor da distribuição, o movimento Juntos pela Descarbonização, desenvolvido pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), junta várias empresas que têm desenvolvido iniciativas para responder aos desafios das alterações climáticas. O Roteiro para a Descarbonização do Setor da Distribuição da APED (um plano de ação nos domínios da sustentabilidade e ação climática destinado às 195 empresas associadas) é um guia para que as empresa possam integrar compromissos verdes nas suas estratégias para, em conjunto, reduzirem a pegada de carbono do setor e alcançarem a neutralidade carbónica até 2050.
Em Portugal, são cada vez mais as empresas empenhadas em descarbonizar e que têm demonstrado uma forte preocupação com o impacto ambiental das suas atividades, levando a cabo iniciativas que contribuem para a redução da pegada de carbono do setor. Considero que, em primeiro lugar, as marcas podem e devem educar o consumidor para que este faça um consumo responsável com escolhas informadas, que privilegiem a qualidade e durabilidade de forma a reduzir o consumo de tecnologia e, consequentemente, a produção de lixo eletrónico. Paralelamente, iniciativas que promovem a economia circular, como a compra de produtos recondicionados ou em segunda mão são, cada vez mais, uma realidade e constituem um exemplo de boas práticas. Também a procura por modelos de transportes mais eficientes se tem tornado cada vez mais recorrente. A otimização de planos de transporte e da rede de armazéns para limitar as distâncias percorridas pelos produtos; a otimização do carregamento dos veículos de transporte, privilegiando os veículos menos emissores e desenvolvendo um transporte multimodal; e as entregas de encomendas online nas lojas em detrimento das entregas ao domicílio (com o serviço de Click & Collect, por exemplo) são algumas das medidas concretas. E muitas mais iniciativas podem ser encontradas, como a redução de plástico em encomendas online, a redução do consumo energético ou a utilização de eletricidade de origem 100% renovável.
Não basta haver intenção! É preciso colocar em prática e executar medidas concretas, bem como monitorizar os resultados, avaliando as alterações conseguidas e o progresso feito. Acredito que estamos no bom caminho para alcançar a neutralidade carbónica até 2050!
Inês Condeço, Diretora de Marketing e Comunicação da FNAC Portugal
Fonte: Store Magazine